A escolha dos excipientes é feita com auxílio de muito estudo sobre a solubilidade e estabilidade de cada princípio ativo.
Excipiente é uma substância inerte, farmacologicamente inativa, usada como veículo para o princípio ativo, ajudando na sua preparação ou estabilidade. Ele completa a massa ou volume especificado.
É utilizado para se obter a forma farmacêutica desejada, ou seja, cápsula, sachê, xarope, gel comestível, solução capilar, creme, gel transdêrmico ou outros formatos de apresentação.
O excipiente é responsável por completar a massa ou volume da fórmula, proporcionando uma padronização de peso e de teor do princípio ativo. Ele é um dos grandes diferenciais da manipulação, pois é nele que conseguimos personalizar e deixar a fórmula isenta de ativos alérgenos e sem tantos componentes químicos que encontramos nos industrializados.
É nele que se adicionam as substâncias ativas e é essencial a escolha correta para que se tenha o tratamento desejado. Ele serve de veículo para o princípio ativo, por isso deve permitir uma correta liberação no organismo, entregando-o no destino esperado.
Os excipientes devem ser selecionados conforme cada ingrediente, visando uma maior disponibilidade.
Por exemplo, excipiente específico que promova a liberação lenta do princípio ativo, ou excipientes oleosos para substâncias lipossolúveis.
Ele é utilizado para auxiliar o princípio ativo a obter a devida forma e eficiência farmacêutica, visando proteger o fármaco contra a hidrólise ou oxidação.
Para uso externo temos diversos tipos de bases galênicas e sempre observamos qual a base terá melhor compatibilidade com a área a ser aplicada, tipo de pele a ser tratada e com finalidade de tratamento. Um excipiente muito utilizado para carrear hormônios e substâncias lipofílicas é o gel transdêrmico, permitindo que eles atravessem a bicamada lipídica da pele e cheguem na corrente sanguínea.
Para uso interno os excipientes servem para preencher o conteúdo de uma cápsula, oferecer proteção contra efeitos da umidade e ar, facilitar a ingestão, permitir que os ativos não fiquem aglutinados em grãos durante a manipulação e atuar como adjuvantes para corrigir odo, cor e sabores desagradáveis aumentando a adesão do paciente ao manipulado.
Viram como cada formulação requer muito estudo? Manipular é uma arte!
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